Eu vou te contar que você não me conhece...
E eu tenho que gritar isso porque você está surdo e não me ouve!
A sedução me escraviza à você ...
Ao fim de tudo você permanece comigo, mais presa ao que eu criei e não a mim .
E quanto mais falo sobre a verdade inteira um abismo maior nos separa ....
Você não tem um nome , eu tenho...
Você é um rosto na multidão , e eu sou o centro das atenções , Mas a mentira da aparência do que eu sou , e a mentira da aparência do que você é .
Por que eu , eu não sou o meu nome, e você não é ninguém ...
O jogo perigoso que eu pratico aqui , ele busca a chegar ao limite possível da aproximação.
Através da aceitação , da distância , e do reconhecimento dela.
Entre eu e você existe a notícia que nos separa ...
Eu quero que você me veja nu , eu me dispo da notícia.
E a minha nudez parada , te denuncia , e te espelha...
Eu me delato , tu me relatas...
Eu nos acuso , e confesso por nós.
Assim , me livro das palavras,
Com as quais você me veste .
Eu sei que eu tenho um jeito
Meio estúpido de ser
E de dizer coisas que podem
Magoar e te ofender
Mas cada um tem o seu jeito
Todo próprio de amar
E de se defender
Você me acusa e só me preocupa
Agrava mais e mais a minha culpa
Eu faço e desfaço, contrafeito
O meu defeito é te amar demais.
Palavras são palavras
E a gente nem percebe
O que disse sem querer
E o que deixou pra depois
Mas o importante é perceber
Que a nossa vida em comum
Depende só e unicamente de nós dois
Eu tento achar um jeito de explicar
Você bem que podia me aceitar
Eu sei que eu tenho um jeito meio estúpido de ser
Mas é assim que eu sei te amar.
Palavras são palavras
E a gente nem percebe
O que disse sem querer
E o que deixou pra depois
Mas o importante é perceber
Que a nossa vida em comum
Depende só e unicamente de nós dois
Eu tento achar um jeito de explicar
Você bem que podia me aceitar
Eu sei que eu tenho um jeito meio estúpido de ser
Mas é assim que eu sei te amar.
Um jeito estúpido de te amar
(Isolda e Milton Carlos)
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