Prestes a subir ao palcos no Festival do Rio, a nossa #AbelhaRainha, Maria Bethânia fala sobre música, paixões e saudade de Gal Costa, sua amiga e parceira de sucesso.
Bethânia reflete sobre os novos nomes da música brasileira e elogia duas que estão fora do tradicional: “Acho a Gloria (Groove) espetacular. Ela canta divinamente, tem noção de dramaturgia, de teatro. A Liniker tem uma voz linda e canta com naturalidade.”
Ela fala sobre início da carreira, sobre o coque que usou na estreia nos palcos cantando Carcará até que voltou para a Bahia e disse que não queria ficar imitando ela mesma. “Quem me trouxe de volta foi o Guilherme Araújo, para fazer boate e com um repertório sem “Carcará”. Foi a única maneira de aceitar, e falei: “De cabelo solto!”. Aí, exagerei: botei três perucas. Adorava!”
Bethânia fala também sobre a tristeza da morte de Gal Costa e Rita Lee. “Não. A morte de Gal me surpreendeu em todos os sentidos. Foi muito cedo, inesperado, e nunca pensei na vida não existindo Gal. Podia não estar com ela, nos falávamos pouquíssimo e não estávamos tão próximas, mas era impossível, e ainda é, pensar que Gal não existe, que Gal morreu. Não é fácil, me dói, me machuca. Do mesmo modo, me machuca muito pensar que Rita Lee morreu. É muito difícil. Não penso muito em morte.”
Sobre suas paixões, Bethania desconversa ao ser questionada sobre a liberdade do amor: “Se eu me apaixonar, pouco me importa se é homem, mulher, cachorro, periquito ou papagaio.”
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