O show não tinha nenhuma novidade em cena, era a poesia e a música entremeadas por uma interpretação que só Maria Bethânia sabe fazer, o show Carta de Amor reforça a carga dramática da diva da MPB que comemora este ano 50 anos de carreira com o show "Abraçar e Agradecer" que não remete aos seus 50 anos de palco, mas com diversas novidades.
Em Carta de Amor ela dá uma resposta à um jornalista que lhe criticou por querer captar 1,3 mi de reais para um blog de poesia, ela desistiu do projeto e cantou "Não mexe comigo/ que eu não ando só" como disse o crítica da Folha de S. Paulo, na época.
As sua interpretações para as canções de Carta de Amor são tão estridentes que dá vontade de aplaudir a cada faixa, ela responde com a poesia "Cântico Negro" emendando com "Não Enche" do irmão Caetano Veloso, que reaparece depois em "Escândalo", é cada vez mais nítido o sem fim de recados.
No segundo ato ela canta "Festa" e diz que "o lindo é ver céu cinzento" e enaltece a moradia, é um bloco 'residencial', para o crítico o Estadão. Mas é com o pout-pourri que ela faz o melhor de ser Maria Bethânia, a Diva, a Abelha Rainha e o seu melhor na faixa 23 "Santo Amaro Ê Ê/ Quixabeira/ Reconvexo/ Minha Senhora/ Viola Meu Bem" me deu a sensação de ver Maria Bethânia levitar no palco do HSBC naquele 28 de abril quando assisti a espetáculo.
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