Bethânia se apresentou, contou sua história (a partir do show "Opinião", exclamou que o dia 13 de fevereiro é um marco em sua carreira), história para aqueles que não conhecem sua biografia. Bethânia fez mais que uma live para agradar fãs, mesmo que sútil ela protestou, mesmo longe de todos os rótulos que fugiu ao longo da carreira. Teve a reverência ás origens com "O Canto do Pajé", de Heitor Villa Lobos e Paula Barros, e "Kirimurê", de J Velloso.
O roteiro, é tudo o que ela faz nos palcos. A #AbelhaRainha recitou, cantou e encantou o público interpretando grandes sucessos da carreira, com os hits "Olhos nos olhos", "Lama" e "Gostoso demais", "Sonho Impossível" e "Álibe", os clássicos que não podem faltar, mas que nem sempre estão em seus shows. "Cálice", de Chico Buarque de Holanda, um hino contra a ditadura e denuncia as mazelas do desgoverno brasileiro. O hit novelesco "Onde Estará o meu amor", tema de Amor de Mãe, novela que volta em março.
🗣️ CORRE AQUI, DONA LURDES! 🗣️
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A Abelha Rainha tá cantando pra você e pro Domênico! 🥲 #BethaniaNoGloboplay pic.twitter.com/qboVBZghPq
O estilo poesia-adoração-canção de fato não combina com a TV (seja ela aberta ou streaming), mas levou ao grande público que não pode pagar mais de R$ 200 por um ingresso nas casas de shows. O microfone fraco denunciava pontos negativos do show, em vários momentos ele picotou, deixando as falas inaudíveis, mas não tirou o brilho da Menina dos Olhos de Oyá.
O show dividido em blocos, foram canções religiosas como "Doce" e "Imbelezou", show de inéditas e protesto: "Balada de Gisberta", de Pedro Abrunhosa, protesta contra a morte da transexual brasileira assassina em Portugal. O poema "2 de Junho", de Adriana Calcanhotto, em que denuncia o racismo estrutural. A canção denuncia a morte do menino Miguel, que caiu da janela de um apartamento em um bairro de alta classe de Recife.
"Miguel, nome de anjo..."
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Não estava preparado pro impacto de 2 de junho na voz de Maria Bethânia. #BethaniaNoGloboplay pic.twitter.com/ImPm3jYI3K
Bethânia emendou no bloco de inéditas: "Por onde eu andar, meu canto vai na frente anunciando o meu lugar”, ecoou Maria Bethânia, ao dar voz a versos do inédito samba "De onde eu vim" (Paulo Dáfilin) - uma das canções do já anunciado álbum "Noturno", que será lançado ainda no primeiro semestre. O hit sertanejo, "Evidências", em uma interpretação digna de aplausos e reverenciou as boates, onde se apresentou no início da carreira, embalando "Lama" com "Negue".
Bethânia: Diz que é verdade, que tem saudade. 🎙️
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Todo mundo: VOLUME: ▁▂▃▄▅▆▇ 100%
🗣️ Que ainda você pensa muito em miiiiiiiiiiiiiiiiiiiim 🗣️ pic.twitter.com/jQZLNSKPkY
Emplacou canções regionais embalando o pout-porri "Santo Amaro Ê Ê", "Quixabeira", e "Reconvexo" (Caetano Veloso): "Quem não rezou a novena de Dona Canô / Quem não seguiu o mendigo Joãozinho Beija-Flor"... E por fim "O que é, o que é", de Gonzaguinha, que não poderia faltar.
Quero todo mundo nas palmas agora:
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Quem não é recôncavo e nem pode ser reconvexo 🎶 #BethaniaNoGloboplay pic.twitter.com/D8wToXAe4L
REPERTÓRIO
Explode coração (Gonzaguinha, 1978)
O canto do pajé (Heitor Villa-Lobos, 1933, com letra de Paula Barros)
Kirimurê (J. Velloso, 2006)
Lapa santa (Paulo Dáfilin e Roque Ferreira, 2021)
De onde eu vim (Paulo Dáfilin, 2021)
Maria Bethânia, a menina dos olhos de Oyá (Alemão do Cavaco, Almyr, Cadu, Lacyr D Mangueira, Paulinho Bandolim e Renan Brandão, 2015) – trecho do samba-enredo da Mangueira no Carnaval de 2016
Frevo nº 2 do Recife (Antônio Maria, 1954)
Onde estará o meu amor? (Chico César, 1996)
Gostoso demais (Dominguinhos e Nando Cordel, 1986)
Estado de poesia (Chico César, 2012)
Doce (Roque Ferreira, 2008)
Eu e água (Caetano Veloso, 1979)
Vento de lá (Roque Ferreira, 2007) / Imbelezô (Roque Ferreira, 2004)
Balada de Gisberta (Pedro Abrunhosa, 2007)
2 de junho (Adriana Calcanhotto, 2020)
Cálice (Chico Buarque e Gilberto Gil, 1973)
Doce mistério da vida (Ah! Sweet mystery of life, Victor Herbert e Rida Johnson Young, 1935, em versão de Alberto Ribeiro, 1955)
Bar da noite (Bidu Reis e Haroldo Barbosa, 1953)
Evidências (José Augusto e Paulo Sérgio Valle, 1989)
Lama (Aylce Chaves e Paulo Marques, 1952)
Negue (Adelino Moreira e Enzo de Almeida Passos, 1960)
Olhos nos olhos (Chico Buarque, 1976)
Volta por cima (Paulo Vanzolini, 1962)
Lágrima (Roque Ferreira, 2006)
Meu amor é marinheiro (Alan Oulman sobre versos de Manuel Alegre, 1974)
Pot-pourri de sambas de roda / Reconvexo (Caetano Veloso, 1989)
Luminosidade (Chico César, 2020)
Sonho impossível (The impossible dream, Mitch Leigh e Joe Darion, 1965, em versão em português de Chico Buarque e Ruy Guerra, 1972)
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